O objetivo do blog, é
descobrir e divulgar artistas do universo infantil anônimos,
apresentando as diversidades do mundo mirim. Divulgação de novos produtos, serviços e dicas para os interessados no assunto sobre Publicidade Infantil.
É um blog de conteúdo,
que fala sobre:
Publicidade e Marketing Infantil,
voltado para pais,
profissionais de propaganda,
publicidade,
marketing, professores, lojistas e interessados no assunto.
Dicas de 33 livros infantis que fala sobre as crianças afro brasileiras
No último dia 20 de novembro foi celebrado o Dia da
Consciência Negra e durante todo o mês de novembro tivemos eventos e
celebrações espalhados por aí. Portanto, selecionei 33 livros que fala sobre a
cultura negra e também a diferença de cor entre crianças. Tem algumas ilustrações que já estão disponíveis no you tube. Perfeito para
trabalhar em sala de aula a igualdade entre raças, diferenças e aceitações.
Afinal, ensinar aos pequenos a igualdade entre as pessoas
tem que ser apresentado todos os dias.
Boa leitura:
·Adorável Menina Autor: Maurício Pestana Editora: Baú de Ideias/ Larousse
·Lindara- Autora:Sonia Rosa Editora: Nandyala
·A menina e o tambor – Autora: Sonia Junqueira Editora: Autentica Infantil
O mundo no Black Power de Taylo- Autor: Kiusam de Oliveira Editora: Peirópolis
·Bia na África- Autor: Ricardo Dreguer Editora: Moderna
·Bruna e a galinha D’Angola- Autora: Gercilga de Almeida Editora: sem referência
·O livro das Origens- Autor: José Arrabal Editora: Paulinas
·O cabelo de Lelê Autora: Valéria Belém Editora; Nacional
·Uma menina com os cabelos do Brasil Autor: Alexandre Bersott ver desenho no : YOU TUBE
·As tranças de Bintou Autora: Sylvian Diouf Editora: Cousacnainf
·A cor da vida Autor: Semiramis Paterno Editora: Lê
·Menina bonita do laço de fita Autora: Ana Maria Machado Editora: Ática
·Cada um com seu jeito, cada jeito é de um Autora: Lucimar Rosa Dias Editora: Alvorada
Apenas 3% das bonecas no mercado são negras,
aponta estudo
Há uma sensibilidade de
empresas de estética assumindo a beleza negra como beleza também, mas com
brinquedos continua a mesma coisa', analisa a coordenadora da campanha 'Cadê
Nossa Boneca?'
Negros e pardos
representam 53,6% da população brasileira, segundo dados do IBGE de 2014. Ainda
assim, há pouca representividade desse grupo na esfera comercial. Nos últimos
anos, porém, marcas de cosméticos, roupas e agências de publicidade têm percebido
que esse público existe, que deve ser representado e também tem grande
potencial de consumo.
Mas há alguns setores que passam longe dessa revolução. Um
exemplo é o mercado de brinquedos: apenas 3% das bonecas vendidas em lojas
online no País são negras, de acordo com estudo realizado pela ONG Avante, que
promove a campanha Cadê Nossa Boneca?.
A campanha foi idealizada pelas psicólogas Ana Marcilia e Mylene
Alves, e pela artista plástica Raquel Rocha, e entrou no ar a partir de abril
deste ano. No início, o site e a página do Facebook trouxeram à tona a falta de
bonecas negras no mercado e traziam discussões sobre o tema. Mas, até então, a
pouca diversidade entre este tipo de brinquedo era apenas uma observação das
três mulheres. Foi aí que elas decidiram fazer a pesquisa.
"Há três anos, Ana colhia doações de brinquedos para uma
creche dentro de um presídio de Salvador, e lhe chamou atenção o fato de não
ter boneca negra entre os brinquedos. A ONG para a qual ela trabalhava era
liderada por uma pessoa extremamente consciente sobre a representatividade, e,
por isso, pediu para que as bonecas fossem devolvidas. Então, Ana pôde doar os
brinquedos, mas não as bonecas. Então ela entrou em contato comigo - nós já
trabalhamos juntas - e com a Raquel, que era outra amiga, nos encontramos e
conversamos sobre o assunto. Foi um gatilho sobre esse problema que nos
afeta", contou Mylene ao E+.
O problema chamou ainda mais atenção por conta do local em que
elas moram. Salvador é a cidade com maior número de negros da América Latina,
com mais de 75% da população se declarando negra ou parda.
Para se chegar ao resultado da pesquisa, foi preciso muito
trabalho manual. "Até então era só uma observação a olho nu nossa e de
pessoas que conversavam conosco a partir da página, e como a gente tem essa
facilidade do online, então fizemos a pesquisa sem ajuda de nenhum instituto
de pesquisa, fizemos manualmente e divulgamos esses dados", relembra
Mylene.
A coleta de dados começou pela Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), principal associação do setor, e depois
partiu para o varejo. "Nós visitamos uma feira em São Paulo, fizemos
algumas entrevistas com pessoas dentro da feira, tanto vendedores quanto
fornecedores. As entrevistas eram uma avaliação mais qualitativa sobre como
pensava o setor. Aí, partimos para ver quais eram as afiliadas da Abrinq e ali
a gente levantou cerca de 39 fabricantes de bonecas dos mais diferentes
modelos. Três deles não tinham site ativo, então dos outros 36 a gente fez o levantamento
um a um, e fizemos uma comparação entre a quantidade de bonecas brancas e
negras", detalhou.
Durante a visita a essa feira, Mylene, Raquel e Ana perceberam
uma resistência dos próprios fornecedores em relação às bonecas negras.
"Nas nossas entrevistas, a gente ouviu alguns depoimentos mais sinceros de
vendedores, dizendo que, quando iam fazer seu portfólio - porque ali é onde os
varejistas olham seu portfólio para os próximos seis meses - as
orientações dos superiores eram: 'o histórico é de vendas baixas ou de prejuízo
quando o assunto é bonecas negras'. Ou seja, no momento do varejista escolher
modelos brancos e negros, ele já tinha essa contraindicação ao adquirir e,
consequentemente, comercializar bonecas negras".
Depois de analisar todos esses 36 fabricantes, era a vez das
lojas online. Foram escolhidas as três maiores varejistas de brinquedos do
País: Lojas Americanas, Walmart e RiHappy. "A gente conseguiu pegar
algumas lojas, não conseguimos a totalidade, mas as que têm maior volume de
venda, e a partir daí fizemos essas comparações. E tanto no que diz respeito a
fabricação quanto na comercialização, a gente vê um 'gap' muito grande entre
bonecas negras e brancas. No caso da comercialização, ainda é pior do que na
fabricação", relatou a coordenadora da campanha.
No final, as três aferiram que, dos 1945 modelos de bonecas
encontrados nos sites das fabricantes, apenas 131 são negras. Já entre as
varejistas online, apenas 3% das bonecas disponíveis para compra são negras. A
pior situação foi verificada no site das Lojas Americanas, em que, de 3030
bonecas, apenas 18 eram negras. Já no site da RiHappy, foram encontradas 17
modelos negras entre 632 bonecas e, no Walmart, entre 835, 20 eram negras.
Mylene opina que o mercado já deveria ter entendido a demanda de
bonecas negras, mas no setor de brinquedos isso não foi percebido. "Não é
só uma questão de oferta e procura, a gente está falando de algo que foi
passado por uma questão cultural que é secular no nosso País. A gente sempre
ouve a avaliação positiva em relação ao branco e negativa em relação ao negro,
e isso permeia mercados de beleza, de estética, de brinquedos. A gente vê uma
sensibilidade das empresas de estética assumindo a beleza negra como beleza
também, mas com brinquedos continua a mesma coisa, não sabemos por que o
mercado de bonecas ainda está andando em passos lentos em relação a isso."
Esse tipo de representatividade, a psicóloga acredita, é
importante porque "a criança se vê na boneca", principalmente "quando
vê bonecas vestidas de profissões, de médicas, de engenheiras, ela aprende
desde cedo que ela pode ser o que ela quiser", e que "mudanças sutis
como esta são um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e
aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do
preconceito, além de elevar a autoestima das crianças".
Outro lado. A B2W, responsável pela Americanas, não quis se
pronunciar sobre o assunto. Em contato telefônico, disse apenas que "não
costuma falar com a imprensa". Já a RiHappy declarou que está atuando para
aumentar a quantidade de bonecas negras no mercado. "O grupo RiHappy apoia
a diversidade. Vale lembrar que a produção de brinquedos está relacionada com
seus respectivos fabricantes, porém a empresa procura estimular que os mesmos
lembrem da questão da diversidade em sua linha de produção."
A empresa ainda lembrou que comercializou, com exclusividade, a
linha Barbie Fashionistas, da Mattel, que tem diferentes tons de pele e tipos
de corpo, e a boneca Baby Alive negra. Além disso, a RiHappy revelou que está
trabalhando em novidades nesse sentido. "O grupo RiHappy também manteve
contato, nos últimos meses, com o Baobá (Fundo para Equidade Racial) e,
juntamente com a Estrela, está formatando uma parceria para o lançamento
exclusivo de bonecas negras no mercado nos próximos 60 dias",
esclareceu.
Já a Abrinq considera que a porcentagem atual de bonecas negras
no mercado já é uma vitória. "Há 10 anos, não havia bonecas negras no
Brasil. A participação era zero. Conseguimos elevar esse número para 3%, o que
consideramos uma vitória. Os sinais de mercado indicam que essa demanda pode
ser crescente, e a indústria brasileira de brinquedos está preparada para
atendê-la", declarou Synésio Batista da Costa, presidente da Associação.
Abaixo uma pesquisa feita por crianças, mostra a escolha entre uma boneca negra e uma branca.
Projeto indica onde é
possível comprar bonecas negras pelo Brasil
Para facilitar a compra e a venda, o projeto "Cadê nossa
boneca?" está mapeando lojas e divulgando o trabalho de diversos artesãos.
Em meio a uma infinidade de bonecas loiras,
brancas e com olhos azuis, milhares de crianças brasileiras não se
identificam com os brinquedos que têm à sua volta. Diversos fabricantes já
estão acordando para o fato de que representatividade importa, sim, mas a
oferta de bonecas negras ainda é escassa no mercado.
Frente a essa
realidade, as amigas baianasMylene Alves, Ana
Marcilio eRaquel
Costaresolveram
criar um projeto chamadoCadê a nossa boneca?, em parceria com a ONG Avante –
Educação e Mobilização Social. Por meio dessa iniciativa, elas
querem chamar a atenção de pais e educadores e também da indústria de
brinquedos, é claro. A campanha está no ar desde abril de 2016.
Para além desse
debate tão importante, elas também estão realizando um levantamento sobre onde
é possível encontrar bonecas negras no Brasil. Com umaplataforma online, o
projeto está mapeando lojas por todo o país e, peloFacebook, tem divulgado o trabalho de bonequeiros
e artesãos. Toda essa coleta de dados é feita de maneira colaborativa e
qualquer pessoa pode ajudar a mapear as lojas e/ou mostrar as suas obras.
“A nossa proposta é levantar o debate e
também agregar. Recentemente fizemos uma pesquisa levantando dados sobre o
mercado e como ele tem tratado a boneca negra enquanto produto. O que ainda
vemos é uma grande lacuna e uma grande desigualdade”, explica Mylene
Alves, que é psicóloga e também trabalha com comunicação social.
A
ideia de propagar o trabalho de quem confecciona bonecas negras é a ação
mais recente do projeto. “Desde que a campanha começou nenhum movimento da
indústria foi feito no sentido de procurar a gente para uma conversa, para
dizer ‘nós produzimos, sim, bonecas negras e você pode comprá-las aqui’. Por
outro lado, houve uma grande movimentação espontânea das produtoras de bonecas
[artesanais]. Cada uma delas tem histórias pessoais muito bonitas, que falam
sobre a necessidade de identificação”, diz Mylene.
Segundo uma pesquisa
publicada em setembro peloCadê
nossa boneca?, no Brasil,apenas 3%das
lojas virtuais de brinquedo disponibilizam bonecas negras atualmente, o que é
um grande problema. “Isso tem totalmente a ver com representatividade. A boneca
traz uma possibilidade muito forte do exercício da representatividade, da
aceitação e do desenvolvimento da autoestima. Quando a gente entende que
o brinquedo é feito para simular papéis que vamos desempenhar na sociedade
e para estimular a criatividade da criança, nada melhor do que ela poder se
enxergar naquele brinquedo”, completa.
Mylena diz que a resposta do público em
relação à campanha está sendo bem positiva e que cada vez mais gente está
acordando para o problema da falta de representatividade e de diversidade no
mercado de brinquedos. No Dia das Crianças, em função da grande busca por
presentes, ainda mais pessoas se queixaram da dificuldade de encontrar
bonecas negras à venda. Agora, a meta da campanha é que tanto o mapa de
lojas quanto a divulgação de bonequeiros artesãos esteja ainda mais fortalecida
para o Natal.
"Resistir
à pressão dos filhos é um dever dos pais"
"Essa matéria saiu no jornal Diário de Notícias e achei muito
interessante compartilhar com vocês, caros leitores e seguidores do blog.
Refere-se a visão de um pediatra sobre: Marketing Infantil.
Concordo plenamente quando ele fala que os pais devem resistir a pressão
de seus filhos.SIM,os limites de consumo tem que vir dos pais. As crianças são espelhos dos
pais e estes precisam ter voz ativa, dizer não, não dói e nem traumatiza
nenhuma criança. Temos que ter consciência que tudo começa com uma boa educação
e dar limites, faz parte desta educação. "
( Hosana Leonor)
O pediatra Mário Cordeiro diz que é um bom exemplo para as crianças,
enquanto futuras consumidoras, os pais ensinarem que umas vezes se diz
"sim", outras "não"
Dr. Márcio Cordeiro
As empresas de distribuição estão a apostar cada
vez mais no marketing infantil com campanhas de brinquedos e colecionismo. O que se pretende com estas ações?
Parece-me evidente que estas campanhas têm como objetivo estimular
as compras e o consumo. É a sociedade de consumo e a economia de
mercado a funcionar.
O que acha destas campanhas. São corretas do ponto
de vista educativo?
Podemos discutir se as ofertas são bonitas ou feias, se poderiam ser
isto ou aquilo, se o dinheiro poderia ir para solidariedade social (ambas as
cadeias, creio, já têm programas de apoio social à infância). Agora o que é certo
é que só compra quem quer. Ninguém nos aponta uma pistola à cabeça e quando
entramos no supermercado o carrinho vai vazio. O que chega à caixa é da nossa inteira responsabilidade.
Que impacto é que têm nas crianças? E como é que os
pais devem agir?
Será um bom exemplo para as crianças enquanto futuras consumidoras os
pais ensinarem que umas vezes se diz "sim", outras
"não". Além disso, resistir à pressão dos filhos - natural e compreensível
- é um dever dos pais. E, se acham que não o vão conseguir, então evitem
lá ir com crianças. Quem eventualmente se queixar é quem está mal neste
filme, não as grandes superfícies, que têm todo o direito de, dentro da lei,
fazerem as campanhas que entenderem. Ensinar os filhos enquanto consumidores é uma obrigação e um dever dos pais - se se demitem dele, não culpem depois terceiros.
Fonte: Diário de Notícias
-http://www.dn.pt/sociedade/interior/resistir-a-pressao-dos -filhos-e-um-dever-dos-pais-5470874.html