quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dicas de 33 livros infantis que fala sobre as crianças afro brasileiras

Dicas de 33 livros infantis que fala sobre as crianças afro brasileiras



No último dia 20 de novembro foi celebrado o Dia da Consciência Negra e durante todo o mês de novembro tivemos eventos e celebrações espalhados por aí. Portanto, selecionei 33 livros que fala sobre a cultura negra e também a diferença de cor entre crianças. Tem algumas ilustrações que já estão disponíveis no you tube.
Perfeito para trabalhar em sala de aula a igualdade entre raças, diferenças e aceitações.
Afinal, ensinar aos pequenos a igualdade entre as pessoas tem que ser apresentado todos os dias.

Boa leitura:

·        Adorável Menina Autor: Maurício Pestana Editora: Baú de Ideias/ Larousse
·        Lindara- Autora:Sonia Rosa Editora: Nandyala
·        A menina e o tambor – Autora: Sonia Junqueira   Editora: Autentica Infantil
 O mundo  no Black Power de Taylo- Autor: Kiusam de Oliveira Editora: Peirópolis
·        Bia na África- Autor: Ricardo Dreguer Editora: Moderna

·        Bruna e a galinha D’Angola- Autora: Gercilga de Almeida Editora: sem referência
·        O livro das Origens- Autor: José Arrabal Editora: Paulinas
·        O cabelo de Lelê Autora: Valéria Belém Editora; Nacional
·        Uma menina com os cabelos do Brasil Autor: Alexandre Bersott ver desenho no : YOU TUBE
·        As tranças de Bintou Autora: Sylvian Diouf Editora: Cousacnainf
·        A cor da vida Autor: Semiramis Paterno Editora: Lê
·        Menina bonita do laço de fita Autora: Ana Maria Machado Editora: Ática
·        Cada um com seu jeito, cada jeito é de um Autora: Lucimar Rosa Dias Editora: Alvorada
·        Minha mãe é negra sim Autora: Patrícia Santana Editora: Mazza Edições
·        A história do rei galanca Autora: Geralnilde Costa Editora: Inpreto
·        Todas as cores do negro: Autora: Arlene Holanda Editora: Conhecimento Editora
·        O menino marrom: Autor: Ziraldo Editora: Melhoramentos
     Meninos de todas as cores: Autor: Luisa Dulcia Soares Editora: Novasala
O menino Marron - Ziraldo
·        Uma amizade colorida Autor: sem referência 
     Como ser amigo: Autor: Molly Wingand Editora: Paulus
·        Uma história mais ou menos parecida: Autora: Juliana Fiorese Editora: Financiado pelo Cartase
·        Minha família é colorida : Autora: Geogina Martins Editora: Edições SM Brasil
·        A família de Sara - Autor: Gisele Gama Editora: Abaquar
·        Chico Juba- Autor:Gustavo Gaivota Editora: Mazza Edições 
·        Minha princesa africana- Autora: Carol W Editora: Abacatel
·        A menina que bordava bilhetes-Autora: Lenice Gomes Editora: Cortez
·        Meninas negras- Autora: Madu Costa Editora: Mazza Edições
·        Rosa Morena – Autora: Iris Borges Editora; Callis
·        Valentina- Autor: Márcio Vassalo Editora: Global Editora
·        Que cor é minha cor? - Autora: Marta Rodrigues- Editora Mazza Edições
·        Princesa Arabela, mimada só ela! Autor: Myllo Freeman Ed: Ática 
     Princesa Sawana- Coleção Princesinhas


Por: Hosana Leonor

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Apenas 3% das bonecas no mercado são negras, aponta estudo

Apenas 3% das bonecas no mercado são negras, aponta estudo

Há uma sensibilidade de empresas de estética assumindo a beleza negra como beleza também, mas com brinquedos continua a mesma coisa', analisa a coordenadora da campanha 'Cadê Nossa Boneca?'



Negros e pardos representam 53,6% da população brasileira, segundo dados do IBGE de 2014. Ainda assim, há pouca representividade desse grupo na esfera comercial. Nos últimos anos, porém, marcas de cosméticos, roupas e agências de publicidade têm percebido que esse público existe, que deve ser representado e também tem grande potencial de consumo. 
Mas há alguns setores que passam longe dessa revolução. Um exemplo é o mercado de brinquedos: apenas 3% das bonecas vendidas em lojas online no País são negras, de acordo com estudo realizado pela ONG Avante, que promove a campanha Cadê Nossa Boneca?. 
A campanha foi idealizada pelas psicólogas Ana Marcilia e Mylene Alves, e pela artista plástica Raquel Rocha, e entrou no ar a partir de abril deste ano. No início, o site e a página do Facebook trouxeram à tona a falta de bonecas negras no mercado e traziam discussões sobre o tema. Mas, até então, a pouca diversidade entre este tipo de brinquedo era apenas uma observação das três mulheres. Foi aí que elas decidiram fazer a pesquisa. 
"Há três anos, Ana colhia doações de brinquedos para uma creche dentro de um presídio de Salvador, e lhe chamou atenção o fato de não ter boneca negra entre os brinquedos. A ONG para a qual ela trabalhava era liderada por uma pessoa extremamente consciente sobre a representatividade, e, por isso, pediu para que as bonecas fossem devolvidas. Então, Ana pôde doar os brinquedos, mas não as bonecas. Então ela entrou em contato comigo - nós já trabalhamos juntas - e com a Raquel, que era outra amiga, nos encontramos e conversamos sobre o assunto. Foi um gatilho sobre esse problema que nos afeta", contou Mylene ao E+.
O problema chamou ainda mais atenção por conta do local em que elas moram. Salvador é a cidade com maior número de negros da América Latina, com mais de 75% da população se declarando negra ou parda. 
Para se chegar ao resultado da pesquisa, foi preciso muito trabalho manual. "Até então era só uma observação a olho nu nossa e de pessoas que conversavam conosco a partir da página, e como a gente tem essa facilidade do online, então fizemos a pesquisa sem ajuda de nenhum instituto de pesquisa, fizemos manualmente e divulgamos esses dados", relembra Mylene. 
A coleta de dados começou pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), principal associação do setor, e depois partiu para o varejo. "Nós visitamos uma feira em São Paulo, fizemos algumas entrevistas com pessoas dentro da feira, tanto vendedores quanto fornecedores. As entrevistas eram uma avaliação mais qualitativa sobre como pensava o setor. Aí, partimos para ver quais eram as afiliadas da Abrinq e ali a gente levantou cerca de 39 fabricantes de bonecas dos mais diferentes modelos. Três deles não tinham site ativo, então dos outros 36 a gente fez o levantamento um a um, e fizemos uma comparação entre a quantidade de bonecas brancas e negras", detalhou.
Durante a visita a essa feira, Mylene, Raquel e Ana perceberam uma resistência dos próprios fornecedores em relação às bonecas negras. "Nas nossas entrevistas, a gente ouviu alguns depoimentos mais sinceros de vendedores, dizendo que, quando iam fazer seu portfólio - porque ali é onde os varejistas olham seu portfólio para os próximos seis meses -  as orientações dos superiores eram: 'o histórico é de vendas baixas ou de prejuízo quando o assunto é bonecas negras'. Ou seja, no momento do varejista escolher modelos brancos e negros, ele já tinha essa contraindicação ao adquirir e, consequentemente, comercializar bonecas negras". 
Depois de analisar todos esses 36 fabricantes, era a vez das lojas online. Foram escolhidas as três maiores varejistas de brinquedos do País: Lojas Americanas, Walmart e RiHappy. "A gente conseguiu pegar algumas lojas, não conseguimos a totalidade, mas as que têm maior volume de venda, e a partir daí fizemos essas comparações. E tanto no que diz respeito a fabricação quanto na comercialização, a gente vê um 'gap' muito grande entre bonecas negras e brancas. No caso da comercialização, ainda é pior do que na fabricação", relatou a coordenadora da campanha. 
No final, as três aferiram que, dos 1945 modelos de bonecas encontrados nos sites das fabricantes, apenas 131 são negras. Já entre as varejistas online, apenas 3% das bonecas disponíveis para compra são negras. A pior situação foi verificada no site das Lojas Americanas, em que, de 3030 bonecas, apenas 18 eram negras. Já no site da RiHappy, foram encontradas 17 modelos negras entre 632 bonecas e, no Walmart, entre 835, 20 eram negras.
Mylene opina que o mercado já deveria ter entendido a demanda de bonecas negras, mas no setor de brinquedos isso não foi percebido. "Não é só uma questão de oferta e procura, a gente está falando de algo que foi passado por uma questão cultural que é secular no nosso País. A gente sempre ouve a avaliação positiva em relação ao branco e negativa em relação ao negro, e isso permeia mercados de beleza, de estética, de brinquedos. A gente vê uma sensibilidade das empresas de estética assumindo a beleza negra como beleza também, mas com brinquedos continua a mesma coisa, não sabemos por que o mercado de bonecas ainda está andando em passos lentos em relação a isso."
Esse tipo de representatividade, a psicóloga acredita, é importante porque "a criança se vê na boneca", principalmente "quando vê bonecas vestidas de profissões, de médicas, de engenheiras, ela aprende desde cedo que ela pode ser o que ela quiser", e que "mudanças sutis como esta são um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do preconceito, além de elevar a autoestima das crianças". 
Outro lado. A B2W, responsável pela Americanas, não quis se pronunciar sobre o assunto. Em contato telefônico, disse apenas que "não costuma falar com a imprensa". Já a RiHappy declarou que está atuando para aumentar a quantidade de bonecas negras no mercado. "O grupo RiHappy apoia a diversidade. Vale lembrar que a produção de brinquedos está relacionada com seus respectivos fabricantes, porém a empresa procura estimular que os mesmos lembrem da questão da diversidade em sua linha de produção." 
A empresa ainda lembrou que comercializou, com exclusividade, a linha Barbie Fashionistas, da Mattel, que tem diferentes tons de pele e tipos de corpo, e a boneca Baby Alive negra. Além disso, a RiHappy revelou que está trabalhando em novidades nesse sentido. "O grupo RiHappy também manteve contato, nos últimos meses, com o Baobá (Fundo para Equidade Racial) e, juntamente com a Estrela, está formatando uma parceria para o lançamento exclusivo de bonecas negras no mercado nos próximos 60 dias", esclareceu. 
Já a Abrinq considera que a porcentagem atual de bonecas negras no mercado já é uma vitória. "Há 10 anos, não havia bonecas negras no Brasil. A participação era zero. Conseguimos elevar esse número para 3%, o que consideramos uma vitória. Os sinais de mercado indicam que essa demanda pode ser crescente, e a indústria brasileira de brinquedos está preparada para atendê-la", declarou Synésio Batista da Costa, presidente da Associação.
Abaixo uma pesquisa feita por crianças, mostra a escolha entre uma boneca negra e uma branca.



Por: HYNDARA FREITAS - O ESTADO DE S.PAULO


Fonte: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,apenas-3-das-bonecas-no-mercado-sao-negras-aponta-estudo,10000085868

Projeto indica onde é possível comprar bonecas negras pelo Brasil

Projeto indica onde é possível comprar bonecas negras pelo Brasil
Para facilitar a compra e a venda, o projeto "Cadê nossa boneca?" está mapeando lojas e divulgando o trabalho de diversos artesãos.

Em meio a uma infinidade de bonecas loiras, brancas e com olhos azuis, milhares de crianças brasileiras não se identificam com os brinquedos que têm à sua volta. Diversos fabricantes já estão acordando para o fato de que representatividade importa, sim, mas a oferta de bonecas negras ainda é escassa no mercado.
Frente a essa realidade, as amigas baianas Mylene Alves,  Ana Marcilio e Raquel Costa resolveram criar um projeto chamado Cadê a nossa boneca?, em parceria com a ONG Avante – Educação e Mobilização Social. Por meio dessa iniciativa, elas querem chamar a atenção de pais e educadores e também da indústria de brinquedos, é claro. A campanha está no ar desde abril de 2016. 
Para além desse debate tão importante, elas também estão realizando um levantamento sobre onde é possível encontrar bonecas negras no Brasil. Com uma plataforma online, o projeto está mapeando lojas por todo o país e, pelo Facebook, tem divulgado o trabalho de bonequeiros e artesãos. Toda essa coleta de dados é feita de maneira colaborativa e qualquer pessoa pode ajudar a mapear as lojas e/ou mostrar as suas obras.

“A nossa proposta é levantar o debate e também agregar. Recentemente fizemos uma pesquisa levantando dados sobre o mercado e como ele tem tratado a boneca negra enquanto produto. O que ainda vemos é uma grande lacuna e uma grande desigualdade”, explica Mylene Alves, que é psicóloga e também trabalha com comunicação social.
A ideia de propagar o trabalho de quem confecciona bonecas negras é a ação mais recente do projeto. “Desde que a campanha começou nenhum movimento da indústria foi feito no sentido de procurar a gente para uma conversa, para dizer ‘nós produzimos, sim, bonecas negras e você pode comprá-las aqui’. Por outro lado, houve uma grande movimentação espontânea das produtoras de bonecas [artesanais]. Cada uma delas tem histórias pessoais muito bonitas, que falam sobre a necessidade de identificação”, diz Mylene.
Segundo uma pesquisa publicada em setembro pelo Cadê nossa boneca?, no Brasil, apenas 3% das lojas virtuais de brinquedo disponibilizam bonecas negras atualmente, o que é um grande problema. “Isso tem totalmente a ver com representatividade. A boneca traz uma possibilidade muito forte do exercício da representatividade, da aceitação e do desenvolvimento da autoestima. Quando a gente entende que o brinquedo é feito para simular papéis que vamos desempenhar na sociedade e para estimular a criatividade da criança, nada melhor do que ela poder se enxergar naquele brinquedo”, completa.

Mylena diz que a resposta do público em relação à campanha está sendo bem positiva e que cada vez mais gente está acordando para o problema da falta de representatividade e de diversidade no mercado de brinquedos. No Dia das Crianças, em função da grande busca por presentes, ainda mais pessoas se queixaram da dificuldade de encontrar bonecas negras à venda. Agora, a meta da campanha é que tanto o mapa de lojas quanto a divulgação de bonequeiros artesãos esteja ainda mais fortalecida para o Natal.
Para colaborar com essa troca de informações, basta entrar em contato com a equipe do projeto, pelo inbox no Facebook ou pelo site da campanha Cadê nossa boneca?.

Por: Júlia Warken (Bebê.com.br)

Fonte:  http://bebe.abril.com.br/desenvolvimento-infantil/projeto-indica-onde-e-possivel-comprar-bonecas-

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

"Resistir à pressão dos filhos é um dever dos pais"


"Resistir à pressão dos filhos é um dever dos pais"

"Essa matéria saiu no jornal Diário de Notícias e achei muito interessante compartilhar com vocês, caros leitores e seguidores do blog. Refere-se a visão de um pediatra sobre: Marketing Infantil. 
Concordo plenamente quando ele fala que os pais devem resistir a pressão de seus filhos. SIM, os limites de consumo tem que vir dos pais. As crianças são espelhos dos pais e estes precisam ter voz ativa, dizer não, não dói e nem traumatiza nenhuma criança. Temos que ter consciência que tudo começa com uma boa educação e dar limites, faz parte desta educação. "

                                                                              ( Hosana Leonor)


O pediatra Mário Cordeiro diz que é um bom exemplo para as crianças, enquanto futuras consumidoras, os pais ensinarem que umas vezes se diz "sim", outras "não"

Dr. Márcio Cordeiro

As empresas de distribuição estão a apostar cada vez mais no marketing infantil 
com campanhas de brinquedos e colecionismo. 
O que se pretende com estas ações?

Parece-me evidente que estas campanhas têm como objetivo estimular as 
compras e o consumo. É a sociedade de consumo e a economia de mercado 
a funcionar.

O que acha destas campanhas. São corretas do ponto de vista educativo?
Podemos discutir se as ofertas são bonitas ou feias, se poderiam ser isto ou aquilo,
 se o dinheiro poderia ir para solidariedade social (ambas as cadeias, creio,
 já têm programas de apoio social à infância). Agora o que é certo é que só compra
 quem quer. Ninguém nos aponta uma pistola à cabeça e quando entramos
 no supermercado o carrinho vai vazio. 
O que chega à caixa é da nossa inteira responsabilidade.

Que impacto é que têm nas crianças? E como é que os pais devem agir?

Será um bom exemplo para as crianças enquanto futuras consumidoras os pais
 ensinarem que umas vezes se diz "sim", outras "não". 
Além disso, resistir à pressão dos filhos - natural e compreensível - 
é um dever dos pais. E, se acham que não o vão conseguir, então evitem lá ir 
com crianças. Quem eventualmente se queixar é quem está mal neste filme, 
não as grandes superfícies, que têm todo o direito de, dentro da lei, fazerem 
as campanhas que entenderem. Ensinar os filhos enquanto consumidores
 é uma obrigação e um dever dos pais - se se demitem dele, 
não culpem depois terceiros.

Fonte: Diário de Notícias -http://www.dn.pt/sociedade/interior/resistir-a-pressao-dos
-filhos-e-um-dever-dos-pais-5470874.html